quinta-feira, 2 de maio de 2013

Exorcista fala sobre a realidade dos abortos provocados e espontâneos.





“UMA PALAVRA SOBRE OS ABORTOS

Permita me dizer uma palavra ás mães que tiveram um aborto. É claro, muitas mães tiveram a experiência de perder um bebê  sem que tivessem planejado essa perda – e a isto chamamos de aborto  espontâneo. Todo aborto espontâneo deixa uma ferida profunda na personalidade da mulher. Mas, como a mãe vai enfrentar a cura  desta ferida? O que acontece é o seguinte: Muitas vezes o marido não sabe com lidar com um problema desta natureza e, sendo assim, ele não permite que sua mulher fale mais sobre o assunto. No  momento em que ela começa a falar, o marido abafa a conversa e diz a sua mulher:”Oh! Agora esqueça disto. Deixa isso para lá”. Mas você não consegue ficar curada escondendo a ferida e não falando mais a respeito do assunto. Assim, muitas vezes encontramos uma mulher que passou por uma situação dessa natureza , tendo que amargar tal experiência, não tendo com quem falar a respeito daquilo e toda esta repressão da ferida vai, então, desencadear em algum outro tipo de distúrbio. O mesmo acontece quando se pratica um aborto. Um aborto não significa simplesmente resolver um problema do momento, mas é uma fuga do problema, provocando uma grande ferida na mãe, uma ferida que muitas vezes persiste  por anos e anos. E, é claro, também aqui a mulher geralmente é impedida de falar sobre o caso porque, se ela toca no assunto,imediatamente ela se vê diante do marido ou de outras pessoas fechando sua boca. E assim a mulher terá novamente que vivenciar seu problema sozinha.

Como podemos conviver com esses problemas? Em primeiro lugar, mantenha isto em mente:  Se aconteceu um aborto espontâneo ou um aborto provocado, aquele bebê ainda está vivoÉ um anjo no Céu, também se o aborto aconteceu apenas algum tempo após a concepção. A partir do primeiro momento da concepção, aquele ser é uma pessoa. Em qualquer momento que aconteça o aborto, você teve um bebê e você é a mãe daquele bebê.Muitas vezes a mãe não aceita ou ignora a maternidade com relação a este bebê. De fato, se eu lhe perguntar: Quantos filhos você tem? Provavelmente você vai me responder: “Tenho dois filhos”. E se você teve um ou dois abortos, você nunca os menciona. Mas a realidade é que você é mãe de quatro filhos: dois que estão vivos e dois que são anjos no Céu, dançando com Jesus.

A verdadeira cura acontece quando você aceita aqueles bebês como parte integrante da  família, e quando você dá um nome aqueles bebês. Dê um nome a eles, se era um menino ou uma menina, não importa, mas dê um nome aos seus bebês e inclua-os como membros integrantes da família.  Não tenha medo de falar a respeito deles com seus filhos, dizendo-lhes: “Nós temos dois anjos, rezem para eles, porque eles estão protegendo vocês”. Agindo assim, você alcançará sua cura.

E, que tal os abortos?  Muitas vezes, quando acontece um aborto, você fica se culpando por aquilo que fez. Lembre-se; Com relação aos dois tipos de aborto, seja o aborto espontâneo ou o provocado, estes bebês estão no Céu. Não pense que, pelo fato de eles não haverem sido batizados, eles não foram salvos. Deus tem muitas maneiras de salvar Seu povo. O batismo é uma destas maneiras e, se eu puder batizar, eu devo batizar. Mas, se uma pessoa se encontrar numa situação em que não seja possível batizar seu bebê, Deus não irá castigá-lo por isso. Para quê?

Portanto, estes bebês estão no Céu e reconhecem você como a mãe deles. Com relação ao aborto, este bebê já lhe perdoou. E não poderia ser de outra forma, porque no Céu não existe  nenhuma falta de perdão; no Céu não existe raiva alguma; não existe nenhum tipo de ressentimento. Portanto, aquele bebê que foi abortado lhe ama e lhe oferece o perdão dele. É importante que você aceite o perdão desse bebê, por aquilo que você fez.

Então, dê um nome àquele bebê, um nome de menino ou de menina: Não importa. E inclua-o como membro da família. Ele é um membro da família que está rezando por você e pela família inteira.

Quando você falar sobre seus filhos, fala sobre os bebês que estão no Céu. Não  é  necessário contar aos seus filhos que os bebês foram abortados, mas permita que eles saibam que eles tem irmãos e irmãs no Céu. Depois, ofereça uma missa e permita que seja celebrada como se fosse o batismo de seus bebês. E essa será a cura verdadeira e completa destas feridas.

Este bebê está batendo á porta para ser aceito como um membro pleno da família.

O motivo é muito claro, porque este bebê ama a família e quer rezar e interceder pela família. Mas a oração e a intercessão dele estão bloqueadas, porque a família não o aceita como membro. Algo muito curioso é que, às vezes, acontecem coisas e que  somente são resolvidas através da aceitação desse bebê como membro pleno da família”. 

 Frei Elias Vella,  O leão que ruge ao longo do caminho. pp 193-194.

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