Por Wendell Mendonça
Diversos "teólogos" recentes, incluindo Karl Rahner, Hans Küng e Leonardo Boff quiseram qualificar a Igreja com mais uma nota, além daquelas que confessaram os grandes concílios ecumênicos: Una, Santa, Católica e Apostólica, estes pensadores quiseram acrescentar o adjetivo de "pecadora", sem entrarmos nos méritos da questão apresentamos algumas respostas do Santo Padre Bento XVI que seguindo a linha do Catecismo da Igreja Católica e da mais pura tradição da Igreja, postulada dogmaticamente no seu Credo professa a realidade ontológica da Santidade da Igreja que emana do Próprio esposo, Cristo Jesus, cabeça do Seu Corpo Místico.
A Igreja que é Santa como mãe acolhe os filhos pecadores, sem ser manchada pelos pecados deles, acolhe porque ama, coloca-os sob a sua proteção materna e os conduz às fontes da graça e da misericórdia: os sacramentos de vida, o batismo da regeneração e da vida nova, a penitência do arrependimento e da conversão e a Eucaristia, alimento de vida eterna, que une a Cristo e a Igreja.
Esta é a santidade real da Igreja imersa totalmente no mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, fonte da Sua própria existência, mas que não pode por sua própria identidade apostólica deixar de ser a Igreja dos pecadores, dos que caminham neste vale de lágrimas e voltam, continuamente, o seu olhar arrependido para Cristo, razão e fundamento da nossa existência e do nosso pertencimento a Santa Mãe Igreja.
Vejamos e meditemos estes pensamentos do Papa Bento:
"A santidade da Igreja depende essencialmente da união com Cristo e da abertura ao mistério da graça que age no coração dos crentes. Por isso gostaria de convidar todos os fiéis a cultivar uma íntima relação com Cristo, Mestre e Pastor do seu povo, imitando Maria, que guardava no seu coração os mistérios divinos e meditava-os assiduamente (cf. Lc 2, 19)." (Mensagem para o 43º dia Mundial de Oração pelas vocações, 07 de maio de 2006)
"A mesma Igreja, depositária da bênção, é santa e composta por pecadores, marcada pela tensão entre o "já" e o "ainda não". Na plenitude dos tempos Jesus Cristo veio para cumprir a aliança: Ele mesmo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, é o Sacramento da fidelidade de Deus ao seu desígnio de salvação para a inteira humanidade, para todos nós. " (Homilia, Epifania do Senhor, 06 de janeiro de 2008)
"A santidade da Igreja é, antes de mais nada, a santidade objectiva da própria pessoa de Cristo, do seu evangelho e dos seus sacramentos, a santidade daquela força do alto que a anima e impele.Nós devemos ser santos para não gerar uma contradição entre o sinal que somos e a realidade que queremos significar." (Madrid, 20 de agosto de 2011)
Nenhum comentário:
Postar um comentário